Vendas no comércio crescem pelo 3º mês seguido, aponta IBGE
As vendas no comércio cresceram 5,2% em julho frente ao mês anterior, o que representa a terceira alta mensal consecutiva do setor.
Os dados constam da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (10).
Antes de julho, houve alta recorde de 13,3% em maio e de 8,5% em junho. Além disso, este é o maior resultado para o mês de julho da série histórica, iniciada em 2000, mostrando a redução do impacto da pandemia do novo coronavírus no comércio brasileiro.
Em abril, o setor havia registrado queda recorde de 11,7%. Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o indicador despencou de fevereiro até abril. “Com isso a base ficou muito baixa e essa recuperação vem trazendo todos os indicadores para os níveis pré-pandemia”, disse.
O comércio varejista como um todo, está 5,3% acima de fevereiro, quase a mesma variação de junho para julho, que foi de 5,2%. Para Santos, até junho, houve uma espécie de compensação do que ocorreu na pandemia. “Então em julho a recuperação já tem um excedente de crescimento”, pontuou.
O IBGE diz que sete das oito atividades pesquisadas tiveram alta em julho, entre elas: livros, jornais, revistas e papelaria, com (26,1%). Tecidos, vestuário e calçados, com (25,2%). Equipamentos e material para escritório, como informática e comunicação, de (11,4%). Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, (7,1%). Combustíveis e lubrificantes (6,2%). Outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,0%) e móveis e eletrodomésticos (4,5%).
A única atividade que não teve crescimento no volume de vendas na passagem de junho para julho de 2020 foi hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que ficou em (0,0%).
Em comparação a julho de 2019, o crescimento foi de (5,5%). De janeiro a julho, acumula queda de (1,8%) e alta de (0,2%) nos últimos 12 meses.
De junho para julho, houve crescimento nas vendas em 21 das 27 unidades da federação, com destaque para Amapá, com 34,0%, Paraíba com 19,6% e Pernambuco, com 18,9%.
Os locais que tiveram queda nas vendas foram Tocantins, com (-5,6%) e Paraná e Mato Grosso, ambos com (-1,6%).