Produção industrial cresce 8% em julho segundo IBGE
De junho para julho, a produção industrial brasileira teve alta em 12 dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado, diz o IBGE, reflete a ampliação do movimento de retorno à produção de unidades produtivas, após as paralisações ocorridas durante a pandemia de covid-19. A produção industrial nacional cresceu 8% em julho, pelo terceiro mês consecutivo.
As altas mais intensas foram no Ceará, com 34,5% e no Espírito Santo, com 28,3%. Mas São Paulo obteve alta de 8,6%, por ser o maior parque industrial do país e segue aparecendo como principal influência.
A alta paulista pode ser explicada pelo bom desempenho dos setores de alimentos e de veículos automotores. Segundo o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida, são setores influentes na indústria paulista. “Também o de máquinas e equipamentos apresentou crescimento importante”, disse.
Este é o terceiro mês de taxa positiva consecutiva de São Paulo, com ganho acumulado de 32%. “Mas ainda não recuperou o patamar pré-pandemia, estando 6% abaixo do índice de fevereiro”, completou Almeida.
Comparada a julho de 2019, a produção industrial brasileira teve queda de 8 dos 15 locais pesquisados. Espírito Santo com (-13,4%) e Paraná, com (-9,1%) assinalaram os recuos mais intensos. Já Pará com (-7,5%), Rio Grande do Sul com (-7,5%), Bahia com (-5,7%), Santa Catarina com (-4,9%), Mato Grosso com (-4,4%) e São Paulo com (-3,3%), completaram o conjunto de locais com queda na produção.
Ainda segundo Almeida, a recuperação já é visível diante do atual cenário que a indústria mundial vem passando. “Mesmo com comparações de certa forma negativas, a recuperação na produção industrial já vem demonstrando patamares positivos e de crescimento”, avaliou.
Nota-se pelos estados de Pernambuco, com crescimento de (17,0%), apontando avanço acentuado. Seguido do Amazonas, com (6,0%), Goiás com (4,0%), Ceará com (2,7%), Minas Gerais com (1,5%), Rio de Janeiro com (1,0%) e Nordeste com (0,9%), mostraram as demais taxas positivas.